Do Santo Ídolo e Fetiche.
Nos tempos antigos, o Templo da Adoração, sendo esculpido desde os próprios habitantes da Floresta Verde, foi esculpido inteiro com a semelhança de seus espíritos; Estas vigas e caibros sagrados exibiam os rostos da legião arbórea. Assim, o ídolo permanece não como mero adorno da Casa dos Sábios, mas como seu próprio rosto, aquele semblante de intercessão entre carne e espírito, e como um sacrifício vaso adoçado da habitação do espírito.
A Imagem Esculpida da Madeira, em sua forma perfeita, irradia o espírito- poder da árvore de onde provém, servindo de apoteose arbórea, um emissário da Árvore Patrona de Wortcunner. Para outros fins pode ser esculpida em representação de certos deuses ou espíritos, a madeira escolhida para sua tradicional aliança ou ressonância com a divindade. Assim é a madeira de Freixo escolhido para o velho Od; Espinheiro Branco para a Senhora; Visco para os Deuses de Leve; Álamo, Teixo e Olmo para os mortos, Figo para o fetiche fálico, Espinheiro Negro e Azevinho para o Diabo.
O poder do Ídolo não se origina apenas na ipseidade de seu animus arbóreo e as especificidades de sua santificação, mas também na prática primária em que é usado: Adoração. Isso pode tomar a forma de oração, sacrifício e a oferecimento de sacramentos abençoados como perfume, óleos e fumaça.
A idolatria é a Adoração do Espírito da Carne Viva, uma relação entre Fiel e Deus em termos íntimos, mas misteriosos, ao invés da falsa assimilação do Divino a reinos de distância e abstração. Desta forma a arte do escultor torna-se devoção; A beleza e a feiura tornam-se radiantes poderes; e a estese torna-se Amor.
Viridarium Umbris
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