Caminhamos pela estrada serpentina aos Portões do Outro Mundo, a Natureza em seu todo potencial durante os meses de verão com o seu calor, fogo e alegria que é a parte iluminada da natureza dará espaço para a parte escura da terra o Inverno onde momentos de seca, escuridão e repouso dará será presente. Kalan Gway na lingua da Cornualha significa " Primeiro Dia de Inverno" ou “Nos Kalan Gway” que significa "Véspera do Primeiro Dia de Inverno.
A Maré Santa é marcada com a observação do sábio nos lugares que os sinais da morte da natureza é aproximada, as folhas das árvores perdem a vida e cai anunciando que o inverno está chegando; Os ventos estão mais gelados e o sol não brilha como antes enfraquecendo os seus raios para que a terra possa ser vivificante. São muitos sinais que marca a chegada de uma Maré Espiritual
"Marcou o início do inverno e de um novo ano e foi um festival associado à força minguante do sol. Foi um tempo para lembre-se, honra e comungua com os ancestrais mortos." Liber Nox - Michael Howard
Costumo chamar de Noite da Maré Santa por ser um momento onde a abertura dos Portões do Inverno é aberto e dará passagem ao caminho para o Outro Mundo assim como o seu lado oposto a Véspera de Novembro os dois são os pontos principais dentro da Arte Velha, alinhar com as forças da natureza e manter os dois pés no Caminho da Serpente é o meu dever como Artesão e praticante folclórico.
'The Hallows, Samhain e localmente' Allantide ', marca o início do inverno, quando a Serpente ; o fogo telúrico e a força vital da terra se retiram para dentro da terra, e seguimos esse fogo em uma jornada interior de retirada. Nesta noite, o caminho entre os mundos é aberto, e os espíritos dos mortos podem cruzar livremente para o nosso mundo, e podemos viajar livremente para o deles . E então, esta é uma noite de comunhão com nossos amados ancestrais, e de acender e guardar o fogo da terra, bem como nossos próprios fogos internos durante os próximos meses de inverno. Como a morte do ano antigo e o nascimento do novo, é também um momento de celebração é uma afirmação de vida. ' Gemma Gary
A Serpente Vermelha alinha com as forças sazonais da terra durante a chegada de uma nova maré e com a chegada do inverno ela se retira para o centro da terra, o local escuro como o ventre da Mãe ; O repouso de suas forças trará a seca, os ventos gelados e a escuridão para a terra trazendo os mistérios da morte, reencarnação, iniciação e fim de ciclo. É nesse momento que ritos de fim de ciclo são realizado pois considera-se que marca o fim de um ano para o inicio de outro. A roda do ano sempre está em movimento e nunca terá o fim, assim como a Serpente que morde o próprio rabo marcando o renascimento e assim é a roda do ano, uma Serpente Vermelha que morde o rabo e estará sempre em movimento. Se a Serpente parar de movimentar, a terra estará condenada.
Os Portões Negros abrirá para a Maré Santa chegar, assim como os portões fica aberto para a entrada do Verão, aqui os ventos gelados começará ser sentido nos momentos que caminhamos sobre a terra, o sol estará enfraquecendo e a terra começará a ficar escura, a marcação da escuridão até atingir seu pico no solstício de inverno.
O Velho deixará o seu manto branco iluminado para vestir o manto escuro negro que simbolizará as forças caóticas da escuridão da terra, a sua coroa será iluminada por um fogo que simbolizará que a Vida jamais morre apenas repousará para recuperar as suas forças assim como o Ferreiro Mágico precisa recuperar as suas forças para novamente realizar seus trabalhos da Forja assim é o homem sábio que precisa voltar para dentro de si. O Velho Branco dará espaço para o Velho Negro.
No Caminho da Cornualha a maré é conhecida localmente como “Allantide” o modo regional de festejar essa Noite Espiritual do jeito cornico. É um festival da Cornualha para celebrar o Dia de Santo Allan, mas outras fontes traz informações que “Allan” é uma antiga palavra inglesa para maçã, pois esse festival possui uma forte ligação com maçãs. Pois o ponto forte da celebração é a distribuição de Maçãs Allan que são grandes maçãs vermelhas e polidas dada aos familiares e amigos como sinal de boa sorte. A festa regional possui uma forte ligação com o início do inverno e o fim do verão, homenagens e honras são dados aos mortos e ritos de adivinhações são feitos durante a noite de Allantide. Um jogo tradicional da Cornualha é feito com a sustentação de uma cruz de madeira com maçãs Allan penduradas na cruz e acima da madeira da cruz velas acesas, a brincadeira é tentar comer a maçã sem que a cera quente da vela caia sobre a pessoa.
Momento de transição das marés da natureza é significante para o uso de jogos de adivinhações e ritos que prediz o futuro para jovens meninas e velhos homens, a ocupação dos futuros maridos eram preocupação das jovens para garantir um bom futuro, sustento e muito amor assim também o futuro profissional dos homens que eram previsto através de lançamentos de “formas” para prevenir algum mal futuramente que pode arruinar seus projetos, finanças e amor. Inúmeros ritos de adivinhações foram desenvolvidos e outros passado de forma oral através de boca e ouvidos dos sábios de aldeia e praticantes da Arte Tradicional.
Estes foram registados como tendo sido apreciados principalmente por mulheres jovens, e nos tempos em que uma mulher ter uma carreira própria não era a coisa certa, a identidade e a ocupação do seu futuro marido eram uma preocupação vital, e por isso é também de importância vital. não é surpresa que os antigos “jogos” divinatórios tenham sido empregados para esclarecer esse assunto mais do que qualquer outro. Eles foram e são, obviamente, bastante úteis para adivinhar as respostas a todos os tipos de perguntas. Gemma Gary
Gemma Gary em seu livro Tradicional Witchcraft The Book ways of Cornish nos traz referências de práticas divinátorio utilizando a chave, bacia de água e chumbo derretido.
“A mais popular dessas antigas adivinhações incluía o uso de bacias cheias de água, sendo melhor feitas de cobre venusiano se a adivinhação fosse por questões de amor, nas quais seria derramado chumbo derretido; muitas vezes através da maçaneta da chave de uma porta, e as formas estranhas resultantes assumidas pelo chumbo resfriado a água sendo lidas em busca de significado divinatório.”
Na Arte Tradicional o conhecimento acerca da Artes Divinatórios são uteis para esse momentos e dado a natureza dos elementos ou ferramenta que será usado é possível sim criar o seu método de divinação. A fogueira seria o ponto central do Circulo na qual todas as forças ali reunidas estão em encontro com os Vivos e os Mortos, olhar fixamente para o fogo altera a consciência e traz mensagens dos Mortos quando é feito um chamado antes para iniciar o contato.
A Noite Maré Santa é associada com Maçãs esses sendo dentro das praticas folclóricas associada com os Mortos, Outro Mundo, Feitiçaria, Desejos, Sonhos, Conhecimento e com a Vida é especialmente reverenciada com o alimento de boa sorte e saúde. Após a realização dos Ritos dessa noite um cesto contendo sete maçãs grandes, vermelhas e brilhantes são dadas como forma de boa sorte, amor e saúde para seis pessoas a última é dada para eu mesmo como um presente para o meu espírito, elas eram instruídas para que nessa noite durmam com a maça debaixo do travesseiro na qual terá sonhos proféticos e ao acordar em jejum pegue a maçã e dê uma mordida verbalizando mentalmente o desejo que pretende conseguir no próximo ano.
É uma noite que eu particularmente chamo de Noite da Comunhão, pois o véu que separa os mundos é então aberto e assim a encruzilhada do Encontro Espiritual então é finalmente liberada para os Nossos Amados Mortos possam visitar os vivos e os Vivos possam ir até eles no Outro Mundo. Muitas tradições fornecem Ritos de Comunhão com os Mortos como o Banquete Mudo ou a Ceia Muda. A interação com o Outro Mundo durante as Noites de Vigilia são ponto importante para o trabalho da bruxa ou do praticante da velha fé, nas Noites Especiais que marca o fim e o início de uma maré sazonal são realizados contatos com o Outro Mundo, com os Entes Queridos que se foram e com os Ancestrais da Terra, do Sangue e do Espírito.
Fontes:
Folklore and Legends of Cornwall – M. A. Courtney
Popular Romances of the West of England - Robert Hunt
Traditional Witchcraft The Book of Ways Cornish – Gemma gary
Liber Nox - Michael Howard
The Stations of the Sun: A History of the Ritual Year in Britain - Ronald Hutton
The Pagan Religions of the Ancient British Isles – Ronald Hutton
Comments