top of page
  • Foto do escritorCain Mireen

Pisando o Moinho, a arte de trabalhar a magia.


Os ritos da Bruxa Tradicional são de grande importância envolvendo a simplicidade e também um toque de selvageria e emoção; quando a bruxa decide trabalhar a magia dentro da Bússola ela convoca as influências que deseja reunir ali junto com ela. Pisar o Moinho um ritual para alterar a consciência e o poder mágico pessoal da bruxa, exige um movimento de pisar ao redor da borda do Castelo com o olhar fixo para o centro que pode ser o Forcado erguido à esfinge do Diabo ou a fogueira o portal entre os Mundos ou qualquer outro objeto central.


Na Arte Tradicional, o Andar pela Terra pode ser pelo sentido anti-horário quando ao sentido horário isso traz o poder exigido e a manifestação desejada ao nosso trabalho mágico; o ritual de Pisar o Moinho é moderno ele é a herança dos registros de julgamentos das danças-bruxas que realizavam em anéis em torno de objetos centrais, como Margaret Og que dançava com seu coven em torno de uma gigante pedra em Hallowmas e também as bruxas de Aberdeen que dançavam em torno de uma cruz do mercado.


Bruxas dançando em volta de uma nogueira. As bruxas de Benevento.

O nome "Pisar o Moinho" traz referências dos antigos moinhos e o seu funcionamento circular de moer o grão, trazendo assim uma conexão da bruxa com o trabalho da terra uma forma poética para descrever a maneira que a bruxa tradicional trabalha para "moer" o poder mágico para alcançar com a sua vontade o resultado desejado.


Robert Cochrane descreve o uso do Ritual em uma de suas cartas escritas para o Joe Wilson com seu estilo enigmático:


"Isso é conhecido como "Aproximar-se ou Cumprimentar o Altar". Existem muitos altares, um é elevado a todos os aspectos que você pode pensar, mas há apenas uma maneira de se aproximar de um altar ou Godstone. Existe uma prática no Oriente conhecida como "Kundeline", ou mudar o poder sexual de sua fonte básica para a coluna e depois para a mente. O gado usa este princípio extensivamente, como você notará se você rastejar silenciosamente até um cervo ou vaca - uma vez que sempre há um animal que vai virar as costas para você, e então torcer seu pescoço até que o veja para fora é [sic] olho esquerdo ou direito sozinho. Ele está interpretando você pelo que é conhecido como poder "psi" e é assim que um altar é usado - de costas para ele”.


Como nos escritos de Cochrane é cheio de enigmas e ele usa o ensino poético para passar os mistérios da arte bruxa, o uso aqui do "Olhar por Cima" é descrito quando a bruxa decide pisar pelo sentindo horário ela olharia pelo ombro direito se ela pisar pelo sentido anti-horário olharia pelo ombro esquerdo. O Pisar do Moinho é a caminhada da feiticeira pelo perímetro da Bússola em torno de um altar enquanto olha diretamente e intensamente para ele, o que chamamos de "Caminho Tortuoso".


O Trilhar do Moinho é a andança da bruxa para conjurar a força da Serpente Vermelha (força terrena) juntar a sua força mágica e os espíritos da terra para assim formar a ligação tríplice para o trabalho da bruxaria dentro da Arte Tradicional. O sentido que a trilha vai ser percorrida dependerá do trabalho de influência benéfica ou maléfica o pisar elevará o poder e a intenção guiará o desejo, o caminho horário é usado para trabalhos benéficos e o caminho anti-horário para trabalhos agourentos.


Quando você começar a "Trilhar o Moinho" você vai virar a cabeça de lado ligeiramente inclinada para trás ligando ao foco continuo levara pisar do moinho e conduzira o estado de transe que é vital para o trabalho de magia; nesse ato é colocado em pratica o Olho-Bruxo na qual a bruxa profere pela sua boca cantigas, cânticos e encantamentos pertinentes ao ato no momento. O Moinho é pisado com passos lentos em homenagem ao Velho Deus Ferreiro Tubalcaim, mas o moinho pode ser pisado com passos rápidos e intensos em crescimento transformando-se numa dança em torno do castelo a Bússola, movendo em gradualmente crescente fará seu coração bater mais rápido e o sangue acelerar em seu corpo e o seu poder começar a mover dentro de si, a perfeição do trabalho da bruxa.

Ao mover pela borda do castelo, seja nas passadas lentas ou rápidas acumulará o poder seja entoando cânticos realizará o último ato de proferir as palavras mágicas e quando em um choque energético soltará às mãos em direção do ponto central que receberá a sua vontade acumulada.


Canto basco para o Sabá

Har har, hou hou!

Eman hetan! Eman hetan!

Har har, hou hou!

Janicot! Janicot! Janicot! Janicot!

Har har, hou hou!

Jauna Gorril, Jauna Gorril,

Akhera Goiti, Akhera Beiti.



Com um grupo trabalha-se em absoluto silêncio, mas sozinho é mais fácil proferir sua oração e meditação em voz alta até que você comece a falar como um possuído' Robert Cochrane.

Dentro da Bússola o clã de bruxas podem reviver as antigas formas folclóricas de danças bruxas para agregar dentro da arte tradicional, como podemos ver o Ritual do Pisar o Moinho resgata a poética da bruxa ser uma trabalhadora da terra. As antigas Danças-bruxas que são registrados nos julgamentos trazem uma inspiração para o rito.


La danse du Sabbat , artista Émile Bayard : ilustração de Histoire de la Magie por Jean-Baptiste Pitois (também conhecido como Paul Christian), Paris, 1870: dança circular de bruxas e demônios nus ao redor do Diabo em pé em um dólmen no topo de um túmulo .

"E aqui podemos citar algumas mentiras de Monsieur Bodins, que diz que nessas assembléias mágicas os bruxos nunca deixam de dançar, e quando dançam, entoam tais palavras: "Har har, Diabo, Diabo, dance aqui, dance aqui, brinque aqui, brinque aqui, sabbath, sabbath!" Enquanto cantam e dançam, cada um tem uma vassoura em mãos que erguem aos céus." The Discoverie of Witchcraft de Reginald Scot

Assim como o trabalhar da magia dentro da bússola requer um elemento central que muitas vezes é o objeto que será alvo de seu encantamento, algumas formas tradicionais como manter um caldeirão fervendo acima de uma pequena fogueira ardente é uma das mais antigas representações da arte bruxa, enquanto a bruxa mexe o preparo com a sua mão dominante para a arte mágica os outros artesão do clã percorre a borda da bússola pisando o moinho e enviando suas palavras sacras para o caldeirão.


Uma pequena vala aberta na terra contendo o boneco daquele que requer uma saúde deves estar no centro da bússola, enquanto pisa o moinho palavras são tidas para enviar boas influências de curas e sáude para o doente.


Cain Mireen


Fontes:

-Treading the Mill: Workings in Traditional Witchcraft by Nigel G Pearson

-The Devil’s Dozen: Thirteen Craft Rites of the Old One by Gemma Gary

-Children of Cain: A Study of Modern Traditional Witches

-The Crooked Path: An Introduction to Traditional Witchcraft de Kelden


202 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page