Santa Luzia, a Senhora da Visão
Hoje comemora -se no dia 13 de Dezembro dia de Santa Luzia, uma santa da Igreja Católica onde é vista como a protetora da visão, dos olhos e das doenças que aflige os olhos venerada na Itália e em algumas regiões do Brasil principalmente no nordeste.
Santa Lúcia de Siracusa nasceu por volta do ano de 283 D.C, e morreu por volta de 304 A.C no dia que é dedicado o seu culto, segundo a tradição do catolicismo ela morreu virgem , conhecida também como Santa Luzia, a Santa de Luz ( Luzia = Lux = luz) é tida como a protetora dos olhos pois conta a sua história que quando essa foi capturada teve os olhos arrancado na prisão, pelas suas orações na cela, ela teve os olhos de volta segundo o mito católico, e tem outras versões.
Santa Luzia junto com a Santa Cecília e Santa Inês é tida como uma das santas mais veneradas na Itália, tendo seu culto popular entre as ruas italianas e nas casas, principalmente das costureiras que precisam ter uma boa visão para exercer o ofício e os de quem sofre com problemas dos olhos; ela teve vinte templos nomeado em seu nome em Roma fazendo isso uma santa popular.
A sua imagem remete um ícone mistico, uma mulher jovem segurando um prato com dois olhos dentro, uma figura muito enigmática e simbólica dentro do caminho da feitiçaria, falo do caminho que trabalha de algum jeito com a força e energia dos santos para o bem de sua prática bruxa. Santa Luzia, é provável que tenha sido originado com o culto a Deusa Italiana Lucinda a Deusa da luz, que a sua imagem remete a semelhança da Santa uma mulher trazendo em uma mão uma tocha acesa enquanto na outra um prato de oferenda que muitas vezes é tido um prato com pães, que ao sincretismo teve a mudança do prato de pães com prato com olhos.
" A ênfase nos olhos vem da identificação da mulher siciliana Lucia com a deusa ítala da luz, Lucina ou Lucetia. A Deusa, geralmente mostrada segurando uma lamparina e um prato de bolos, que foram confundidos com olhos. Lucetia também é conhecida como aquela que tem os aspectos da Rainha do Céu romana, Juno. Como Juno Lucina, deusa do parto, ela era tida como a deusa que abre os olhos dos recém-nascidos"
Lucina - ou Lucetia - era a deusa luminosa dos sabinos (povo montanhês da Itália), reverenciada em um imponente templo (erguido na colina Esquiline em 735 a.C.) e representada como uma jovem cercada de luz, segurando nas mãos uma tocha e um prato de oferendas (patera). Posteriormente foi considerada um aspecto da deusa Juno e honrada como a padroeira dos partos por propiciar o ato de “dar à luz”. Com o passar do tempo, outro aspecto de Juno - Eileithia, cultuada em Creta - assumiu esta regência nos seus aspectos de Natio, padroeira dos nascimentos e Lucina, deusa da luz.
Apesar da destruição do seu antigo templo e de suas relíquias pelos fanáticos cristãos (que arrancaram os olhos de pedras preciosas da imagem e quebraram com marteladas a sua pesada estátua), não foi possível extinguir o culto da deusa Lucina. Como solução, a igreja católica transferiu a adoração do povo para uma figura cristã, Lucia ou Luzia, colocando um manto de castidade na imagem complexa da Deusa. Lucia foi considerada padroeira das doenças dos olhos e benfeitora dos pobres, a quem a santa teria lhes doado seus bens (uma clara alusão e incentivo aos fieis para fazerem doações à igreja).
As comemorações da deusa solar nos países nórdicos também foram substituídas pelas da Santa Lucia, festejada em 13 de dezembro, a data do solstício de inverno no antigo calendário Juliano. A comemoração de Lucia ou Luzia se espalhou pela Europa, tornando-se uma das santas medievais mais populares; ela era considerada virgem e mártir, uma jovem piedosa que preferiu arrancar seus lindos olhos a ceder aos avanços de um pretendente. Lucia aparecia vestida de branco e segurando seus olhos sobre um prato, antiga imagem da patera com oferendas (bolinhos) da deusa Lucina.
Seja deusa ou santa, o culto da padroeira dos partos continuou durante séculos, sendo também invocada nas bênçãos dos recém nascidos e na cura das mulheres. Na Itália as curandeiras de Toscana usaram até o século XIX um dos antigos encantamentos da Deusa, uma guirlanda de galhos de arruda com fitas vermelhas contra mau-olhado e benziam as crianças e os doentes com água impregnada de energia solar. Até hoje na Itália e Sicilia são feitas procissões com tochas e velas (lembrando a antiga lenda da Doadora da Luz) e compartilhados os biscotti - que reproduzem os olhos da santa - e os arancine, bolinhos dourados de batatas ou arroz e coloridos com açafrão, para lembrar o Sol. Em Palermo um prato tradicional das festas de Lucia é cuccia, preparado com trigo em grão, mel, açafrão e ricota, enquanto nos países nórdicos confeccionam-se bolos como “rodas douradas” ou bolinhos “olhos de gato”, encantamentos para atrair a abundância e as bênçãos da deusa solar.
Na Suécia, a celebração atual de Santa Lucia preserva elementos tradicionais e antigos e reveste-se de alegria por reverenciar e prenunciar o aumento da luz solar, tão desejada após os longos meses de inverno. No dia 13 de dezembro, as filhas mais jovens chamadas Lussibruden - noivas da luz - acordam de madrugada e preparam um desjejum especial para os familiares. Elas se vestem de branco e usam uma coroa de folhas de azevinho, fitas vermelhas, com 4, 7 ou 9 velas. Passando de um quarto para outro elas oferecem os tradicionais Lussekatter (“gatos de luz da Lucia”), bolinhos típicos coloridos com açafrão, biscoitos especiais de gengibre e glogg, uma bebida quente com vinho e especiarias. No decorrer do dia nas ruas tem procissões com moças vestidas de noivas, com purpurina dourada nos cabelos e rapazes com camisas brancas e chapéus salpicados de estrelas prateadas, enquanto outros personificam trolls e anões. Esse cortejo acompanha uma moça representando a Santa Lucia, que usa a coroa com oito velas representando a Roda do Ano e que distribui presentes para a multidão.
Luzia era um mártir ou uma bruxa? Lembramos de ambos, mas na Hungria e em países vizinhos, ela é considerada principalmente uma bruxa.
Na Hungria, muitas superstições e crenças estão ligadas ao nome dela. Um que muitos de nós conhecemos é a "cadeira de Lucia" (Luca széke) . A cadeira deve ser feita de nove tipos diferentes de madeira, tem uma determinada forma e apenas uma coisa pode ser feita a cada dia. Ele deve ser iniciado em 13 de dezembro e deve estar pronto em 24 de dezembro. Porque levar tanto tempo, há um ditado quando algo está progredindo lentamente, que é "como a cadeira de Luca". Na véspera de Natal, durante a missa da meia-noite, o criador da cadeira precisa ficar de pé sobre ela e verá qual das mulheres é uma bruxa. Então ele tem que sair da igreja e jogar sementes de papoula atrás dele para que a bruxa não possa pegá-lo. Porque uma bruxa não pode passar sem colher as sementes de papoula, uma a uma.
Outra tradição é que uma mulher semeia sementes de trigo em uma tigela de terra no dia de Lúcia. Ela precisa regá-lo até o Natal, e quanto mais alto, melhor a estação do trigo no próximo ano. Também simboliza a vida após a morte. O trigo é então levado para a manjedoura como o símbolo de Cristo na Eucaristia.
No dia de Santa Lúcia, meninas solteiras escrevem os nomes de 12 meninos em pedaços de papel e dobra-os. Todos os dias eles jogam um dos papéis no fogo. O último seria o nome de seus noivos. Os papéis também podem ser enrolados em um bolinho de massa, e aquele que ferver até o topo da água primeiro será esse!
Outro costume do dia de Lúcia era que uma menina cortasse um pedaço de um galho de cerejeira e o colocasse na água. Se brotassem folhas no Natal, isso significava que ela se casaria no ano seguinte.
Em 13 de dezembro, as mulheres tiveram que se sentar muito para garantir que no próximo ano as galinhas colocassem muitos ovos. Naquele dia era proibido tricotar, costurar, assar pão, lavar roupas; se alguém ignorasse essa proibição, ela poderia ser transformada em pedra. As vassouras estavam escondidas para que a bruxa não pudesse agarrá-las e voar para longe. Foi recomendado pendurar o alho para afugentar os maus espíritos.
Nos países escandinavos, diz-se que celebrar o Dia de Santa Lúcia ajudará a sobreviver bem ao inverno e trará luz às suas longas noites. O festival é liderado por uma jovem garota usando um vestido branco e uma faixa vermelha e uma coroa de velas acesas carregando folhas de palmeira. Ela lidera uma procissão de outras meninas e meninos vestidos de maneira semelhante, mas sem a coroa carregando velas ou travessas de pãezinhos e biscoitos. Canções tradicionais são cantadas.
Na Suécia e nas regiões suecas da Finlândia, a filha mais velha acorda cedo, veste o manto branco, a faixa vermelha e a coroa de velas e serve café e pãezinhos de açafrão de Santa Lúcia (Lussekatt) e acorda a família cantando. Isso marca o início da temporada de férias.
Uma pratica que faço dedicado a Santa Luzia, é uma bacia com água de poço, pois a água de poço serve para diversos feitiços e entre eles despertar a vidência, e acendo uma vela branca e um incenso que fiz com verbena, rosa branca seca e mirra; Nada de comprar incenso procure fabricar o seu próprio incenso, é só pedir a receita que passo,
com a luz apagada, apenas com a luz da vela de frente pra min, e a bacia de água entre eu e a vela, cubro a minha cabeça com um pano branco e clamo pela Santa Luzia rezando pra ela estar presente no meu rito, depois cubro os meus olhos com o pano branco e repito.
"Santa Luzia, abra a minha visão
Que você seja a minha salvação
Desperte a minha intuição
Nessa água me dê a previsão
Que seja com precisão"
Repito até eu sentir que posso levantar o véu e olhar pra água, aparecerá figuras para quem tem a vidência despertada e você fará a interpretação, caso você não veja nada, tente outra vez ou procure métodos de abertura da visão.
Santa Lúcia pode lançar luz sobre qualquer situação e limpar toda e qualquer confusão. Ela também pode acompanhar de perto seus inimigos. Santa Lúcia favorece as mulheres, diz a lenda que ela foi traída por seu noivo. Dizem que ele foi o único que a entregou a Diocleciano para enfrentar tortura e morte. Ela sempre estará do lado da mulher em relacionamentos e assuntos domésticos e pode ser solicitada para ajudar com um cônjuge ou amante infiel. Em matéria de divórcio, ela sempre ficará do lado da esposa.
Para ter uma clareza de um problema que esta passando, até mesmo para enxergar uma solução vai fazer o seguinte:
"Escreva numa vela branca seu nome completo e a data de nascimento, conjure a vela com óleo virgem de cima pra baixo pedindo a Santa da luz, Santa Luzia pra clarear a situação e lhe dá uma luz no fim do caminho, acende a vela e deixe queimar aos pés da Santa, lhe ofereça flores brancas, velas brancas acesa, fogo, folhas de palmeira, doces, tudo isso em um prato branco"
Fonte
Orações e Santos Populares de Paulo José Scopel