Um simples rito lunar.
Escrevendo no primeiro século AC, Horácio disse que as feiticeiras pediam ajuda à deusa da lua Diana para ajudar em seus trabalhos mágicos. Michael Howard
A espontaneidade é algo que anda junto com a bruxa no caminho do Ofício tradicional, não existe uma forma correta de praticar a fé sem nome, e muito menos os ritos onde solicitamos as bençãos das forças celestes que sustentam o nosso caminho. Os fogos celestes estão lá para serem reverenciados, e diante da história muitos praticantes mágicos realizavam seus ritos debaixo do sol para agradecer pelas bençãos da colheita e debaixo da lua para agradecer pelas forças invisíveis e realizar suas obras de bruxaria.
'Por que adorar uma divindade que você não pode ver, quando há a Lua em todo o seu esplendor visível? Adore ela. Invoque Diana, a deusa da Lua, e ela concederá suas orações.
Arádia, Vangelho das bruxas.
A encruzilhada então é conjurada de uma forma pessoal, onde as estradas são chamadas e os animais sagrados são bem vindos ao fosso. O traçar da encruzilhada é feito pelo forcado, pela vara da arte ou um galho consagrado para este propósito, a vassoura também tem essa finalidade quando é feita a varredura do local com as suas cerdas e ali é conjurado o liminar entre o mundos.
"Pela arte dos ancestrais, ergo a encruzilhada
que seja a bussola das bruxas, o anel das fadas
o moinho antigo e também o lugar dos Pactos"
De uma maneira pessoal instruído ao caminho antigo, se faz a chamada das estradas de uma forma única no centro da encruzilhada, apontando aos céus a faca bruxa repita algo semelhante as minhas palavras.
"Chamo a serpente, o sapo, a lebre e a coruja
Chamo os quatro cantos dessa bussola,
norte, leste, sul e oeste
vem ao meu chamado e aqui se faz a presença sagrada
Ergue as estradas sagradas dessa encruzilhada
seja feita a minha vontade
Estrada de cima do mundo das fadas,
Estrada de baixo, o mundo dos ancestrais
ergue o caminho entre os três mundos
Que assim seja feita a minha vontade."
A encruzilhada é estruturada quando a faca é fincada no centro do circulo para fazer com que as forças chamadas sejam sentidas. Caso tenha alguma maneira pessoal de erguer a encruzilhada sinta-se a vontade de seguir os seus passos.
A lua exerce uma força incrível para o trabalho mágico da bruxa, auxiliando para a alimentação de seus vasos mágicos, cordas de bruxas, fabricação de pós e filtros e a colheita de certos materiais para encantos; cada fase lunar exerce uma força para cada tipo de magia. A maré crescente exerce influência nas coisas que tendem ao crescimento, boa saúde, proteção pessoal, fabricação de filtros e encantos benefício. A maré cheia, exerce todas as obras de maleficium ou beneficium sendo a lua cheia mais próxima das noites sagradas sendo realizado o encontro noturno, A maré minguante tendem as obras onde a diminuição é a favor do praticante, e a maré nova as obras diabólicas e aos novos começos.
Quando mais simples, poderoso. Dizia Robert Cochrane; ritos lunares tendem a ser feito ao ar livres assim como qualquer outra obra de bruxaria os espíritos aproximam quando uma vela é acesa e entoado antigas palavras para aproximação dos bons espíritos locais. Um incenso é preparado para ser queimado em honra a lua, ervas lunares como jasmim, dama da noite, verbena e folhas de limão é opcional na preparação antes do rito.
O fogo que queima tendo ser uma pequena fogueira ou um recipiente contendo um fogo onde a benção é entoado. Ele é a ligação com o Outro Mundo. A simplicidade do rito é algo que deve ser compartilhado, não é preciso de grande encenação ritualística para ser sagrada, a ligação entre o praticante com a maré é sentida quando essa entra em êxtase e recebe a gnose vindo de cima, um fio prateado liga o espírito com as forças divinas lunares.
Agradecer, é uma forma de honrar a divindade, a bruxa tem seus deuses antigos, espíritos familiares e forças que compartilha o caminho torto. A lua é o símbolo daquela chamada por muitos nomes, a Nossa Senhora Negra, a Deusa Bruxa, Rainha bruxa, a Rainha das Fadas, a Rainha Elphame, a Lucifera, e por muitos outros nomes. A Ela é erguido cânticos e orações que remete as suas forças criadoras, regeneradoras e feiticeiras. No momento que a fumaça do incenso sobe delicadamente aos ares, ele carrega nossas intenções de gratidão, agradecimento, bençãos, desejos, amor e prazer aos pés de Nossa Senhora.
"Oh Lua branca que no céu brilha,
lhe saúdo nessa noite estrelado
pela força da fumaça abençoe-me
e pelo sangue de meu corpo
e a voz de meu espírito lhe saúdo com ofertas
Não deixe faltar pão e nem leite
nem a carne e nem a água em minha mesa
Vestida de manto branco, da face embranquecida
Senhora lunar, Deusa da noite"
Momento propicio para trabalhos de magia, seguindo a maré lunar que está sendo honrado no momento sagrado, a corda lunar uma forma tradicional de "amarrar" em nó feito a força influenciadora da lua para ser usada após em algum momento como uma força extra para o trabalho. É erguido uma corda branca e através do nó pelo buraco e visto o disco branco no céu e ali é feito o nó na qual é amarrado a força da maré lunar.
Um trabalho de maleficio contra o inimigo
"Numa lua nova, joga um sapo num formigueiro para que as formigas comam carne dele, quando sobrar apenas a carcaça, torra ele numa panela de ferro, reduz tudo em pó, ou o mais fino possível, espalhe na bebida ou na comida do seu inimigo, quando ele ingerir, repita o baixinho,
"Sapos crescem na sua barriga, sapos crescem na sua barriga, devoram suas entranhas e levam à morte, devoram suas entranhas e levam à morte".
A Ceia que faz parte do rito, é consagrado em nome da Rainha de Elphame que muitas vezes é um vinho e um pão branco e que muitas vezes o meu rito segue com um pão caseiro feito com leite, ele é erguido e oferecido para que a Rainha Fada possa abençoar com seus poderes de boa saúde, boa sorte, sabedoria e longevidade descendo através de um raio prateado e pousando em cima da ceia, o primeiro pedaço é dado a Rainha jogado dentro da fogueira para que seja queimado e a fumaça suba aos pés da Fada Mãe, o vinho é feito o mesmo procedimento. O segundo pedaço é dado aos espíritos familiares que participou do rito, ele é deixado na tigela de oferta junto com uma parte do vinho, o restante é dividido com os participante do rito.
A dispensa da encruzilhada é feita de cada passo ao contrário da construção do mesmo, os animais sagrados são dispensados com respeito as suas forças primordiais, e a encruzilhada é desfeita com a vassoura.
"Estradas que leva aos quatro cantos do mundo
os cantos dessa encruzilhada, norte, leste, oeste e sul
A astucia da serpente, o poder do sapo
a fiscalidade da lebre e o êxtase da coruja
obrigado pela presença nessa bussola.
Mundo de cima, e mundo de baixo
obrigado por esta aberto na minha encruzilhada.
Que as forças aqui chamadas, voltem ao lugar que foi acordado
voltem, e estejam atento ao meu novo chamado."
Nessa hora é retirado da terra a sua faca, e feito um movimento de despedida com a faca.
O ritual é terminado quando a fogueira apagar, o fogo é o elo entre o praticante com as forças conjuradas ali. É sábio saber que as virtudes da madeira usada na fogueira de diferentes ritos é aplicada em maneiras curativas magicas e encantos de diversos usos.
Cain Mireen
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