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  • Foto do escritorCain Mireen

A Virtude da Mão do Homem Morto e outras curas astutas.


Entre os astutos da Cornualha encontra-se uma prática muito peculiar de cura mágica envolvendo uma mão de homem morto que possui virtude para certas doenças; o mesmo é famoso pelo feitiço poderoso da "Mão da Glória" na qual tem o poder de ser usado quando aceso o pavio que é sustentado pela mão ela cria uma iluminação na qual todos os presentes ficam imóveis um ato mágico muito útil para os ladrões e outros delinquentes.


Aqui trago algumas informações necessárias para quem conseguir obter uma mão de homem morto pode ser usado para algumas curas mágicas conforme o folclore córnico na qual é muito popular entre as bruxas brancas.


No livro Cornish Feast and Folklore - Miss Ma Courtney é dado alguns relatos sobre o uso dele:

“ Posso acrescentar meu testemunho às observações da Srta. Courtney sobre a crença na Cornualha na virtude do toque de uma parte doente pela mão de um homem morto. Chegou ao meu conhecimento em Penzance um caso de uma criança que tinha desde o nascimento uma formação tuberosa peculiar na junção do nariz com a testa, que os médicos não cortaram por medo de cortar as veias. A criança foi levada pela mãe para a casa de uma amiga, na qual jaziam os restos mortais de um jovem que acabara de morrer de tuberculose. A mão do falecido foi passada sobre a malformação sete vezes, e logo começou a ficar cada vez menor. ”Eu mesmo vi a criança desde que a Srta. Courtney leu seu jornal (novembro de 1881) e, embora a marca ainda seja aparente, tenho certeza de que ela certamente está desaparecendo, embora lentamente. Um parente meu também me conta que, como a Srta. Courtney, ela foi levada para a bruxa de Penzance com o propósito de ter um 'chiqueiro' removido de um de seus olhos por encantamento.”


Mão esqueletica do Museu de Bruxaria e Magia de Boscastle

Outro relato:

“Certa vez atendi o filho de uma pobre mulher por causa de um caso obstinado de olhos doloridos. Um dia, ao sair de casa, a mãe me disse: 'Não há mais nada, doutor, que eu possa fazer pela minha filhinha? ' Eu, brincando, respondi: 'Nada, a menos que você queira acariciá-los com a mão de um homem morto. ' Cerca de uma semana depois, encontrei a mulher nas ruas, que me parou e disse: 'Os olhos do meu filho finalmente estão melhorando, doutor. ' Eu me expressei satisfeito que a pomada que eu dei a ela estava fazendo bem. Para minha surpresa, ela respondeu: 'Ah, não é isso, nunca usamos; aceitamos seu conselho sobre a mão do morto. Até que ela o recordasse em minha memória, eu tinha esquecido completamente meu discurso tolo.”


Mão humana seca.

No Livro The Black Toad de Gemma Gary um livro dedicado à feitiçaria de sua região ela traz pequenas informações sobre o uso da mão:


"As notícias de um homem que a morte poderia ter trazido visitantes a quilômetros de distância, na esperança de recuperar o toque da mão do morto para causar diversas aflições e doenças. A mão dos mortos seria tocada na área atingida e passada para baixo e para a esquerda, três ou nove vezes. O toque ritualista dos mortos era realizado para ter o poder de causar a morte da aflição do paciente."


A mão do homem morto em si já é um encanto, apenas precisaria que a bruxa branca ou o feiticeiro passasse o objeto na parte doente em números impares para cima ou para baixo ou do lado esquerdo para o direito respeitando a mão que segura que para magias de banimento é a mão esquerda para magias regeneração é a mão direita.


"Também se acreditava que tocar o cadáver impediria que alguém sonhasse com ele ou o visse novamente." The Black Toado- Gemma Gary


The Black Toad - Gemma Gary

A seguir um conto folclórico de Lancashire na qual relata o uso da superstição de que os mortos podem levar doenças com eles:


“Uma senhora, que estava hospedada recentemente em Penzance, assistiu a um funeral e notou que enquanto o clérigo estava lendo o serviço fúnebre, uma mulher forçou seu caminho através dos carregadores do caixão até a beira da sepultura. Quando ele chegou à passagem, "Terra a terra, cinzas as cinzas, pó ao pó", ela deixou cair um pano branco sobre o caixão, fechou os olhos e aparentemente fez uma oração. Ao fazer indagações sobre a causa deste procedimento, esta senhora descobriu que existe uma superstição entre os camponeses daquela parte, de que se uma pessoa com uma ferida for levada secretamente para um cadáver, a mão morta passará sobre a ferida e a atadura depois de cair sobre o caixão durante a leitura do serviço de enterro, uma cura perfeita será o resultado. Essa mulher teve um filho com uma perna ruim e seguiu essa superstição com uma firme crença em sua eficácia. Os camponeses, também, até hoje usam amuletos, acreditando que os protegerão de doenças e outros males. A esposa do clérigo da paróquia era muito caridosa em atender os doentes e dispensar remédios, e um dia uma mulher trouxe-lhe uma criança com os olhos doloridos para enfeitiçá-los, tendo mais fé naquele remédio do que nos remédios. Ela ficou muito surpresa ao descobrir que apenas remédios eram dados a ela.”.


Ao descobrir esse relato venho em memória de que um parente bem distante da família católica e uma astuta realizou algo parecido no enterro de sua filha que morreu com complicações respiratórias ela jogou no ato do enterro uma camiseta vermelha infantil na qual meu ver deveria ser de uma criança conhecida dela, pois a mesma era famosa benzedeira no bairro, nunca perguntei sobre o que foi feito e o motivo, mas creio que seja alguma "simpatia" para livrar de alguma doença.


Procissão funerária

Quando os mortos estão sendo enterrada discretamente a bruxa branca pode "mandar" embora doença que está afligindo o corpo de uma criança ou adulto, o ato de esfregar um pano branco em algum membro machucado, usar a camiseta suada representando a doença e até mesmo usar a transferência mágica seja com pedaço de bacon, pão, bolo, carne ou algo desse tipo para que quando for enterrado seja levado para a terra e lá quando consumido pelos vermes que a doença seja removida.


Hoje em dia para ter o tal objeto é secretamente disponível quando a bruxa conhece as artimanhas para conquistar algum osso, caveira, junta ou uma mão de um homem morto; tais atos são considerados crime, mas a bruxa saberá muito bem como usar tais itens.

Mas não somente a mão do homem morto era usada na feitiçaria curativa, o osso também tinha sua virtude: Um osso da junta é muitas vezes carregado no bolso como cura e prevenção de cãibras. O uso do osso humano era motivo de punição de morte quando o seu portador é descoberto em 1604. Vários remédios eram feitos com ossos de um homem, colocar um pequeno osso em uma ferida continha superstição para parar o sangramento, pó de osso de homem usado para facilitar o parto, entre as maravilhas astutas era o crânio de um ladrão enforcado que continha poder para combater a epilepsia.


Anéis de osso humanao exposição Museu de Bruxaria e Magia de Boscastle

A bruxa branca sempre terá em sua posse um osso humano para realizar suas atividades astutas de curas mágicas, o osso deve ficar guardado dentro de uma caixinha de madeira longe dos olhos profano, o osso acaba recebendo uma atenção maior para pequenos ritos curativos sempre usando o osso na posse da mão direita para curas regenerativas.


"Como uma antiga cura para a febre, um osso é mantido, envolto em pano, do corpo de um homem, que na vida nunca havia sofrido com a febre seria trazido ao paciente, de modo que fosse puramente repousar um pouco sobre o peito do paciente para trazer a ele uma cura."


De acordo com "Lancashire Folklore" de Harland and Wilkinson, anéis feitos de dobradiças de caixões eram usados ​​para prevenir reumatismo e cãibras. No livro County Folk-Lore Volume I (1892) também é encontrado certo encanto usando a alça do caixão; use um anel feito de uma velha alça de caixão em um dos dedos. Sabe-se que os funcionários da paróquia preservam as antigas alças de caixões encontradas nos adros das igrejas com o objetivo de fazer anéis de cãibra


Um cabresto que servira para enforcar um criminoso era um remédio infalível para uma dor de cabeça quando amarrado na cabeça; essa afecção foi igualmente curada pelo musgo que crescia sobre um crânio humano, seco e pulverizado, e tomado como rapé cefálico. A mão de um morto poderia dissipar tumores das glândulas, acariciando a parte nove vezes; mas a mão de um homem que havia sido cortado da forca era a mais eficaz. "Jornal Escocês de Topografia, Antiguidades, Tradições, Etc. Etc. Etc.”.


Foto de Gemma Gary


O crânio tem o seu papel fundamento no oficio tradicional, feitiçaria operativa e nos ritos do sabá na qual entre seus segredos; beber água de um poço sagrado dentro de um crânio era cura para diversas doenças e outros poderes atribuídos. No folclore escocês era feito um "Caldo do Inferno" na qual um crânio humano era fervido e era capaz de curar as pessoas de certas doenças;


"Uma jovem de cerca de dezesseis anos, que supostamente se cansou demais de trabalhar no campo, foi acometida de ataques, que algum sábio vidente declarou que só poderia ser removido por ela comendo brosse feito do 'boro do crânio de um homem morto. ' Qual foi o horror dos vizinhos ao descobrirem que essa terrível receita havia sido realmente utilizada, e que uma cabeça humana havia sido obtida e fervida, e o líquido administrado ao paciente!"


A forca do enforcamento de um homem também é adotado de virtudes mágicas para a cura de dor de cabeça na qual pode ser usada colcoando em volta de sua cabeça até a dor sumir, também é usado lascas da corda dentrode um saquinho e usado em volta do pescoço para garantir a cura contra febre.


Que Bucca abençoe a todos.

Cain Mireen

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