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  • Foto do escritorCain Mireen

O Povo das Matas, os Caiporas;



Quando se fala em Espiritos das matas temos em mentes fadas europeías ou criaturas de outras terras que vive entre os contos e dentro do caminho da bruxa porém nem todos os espiritos das matas são fadas (numa forma mais literal de falar).


Entre alguns Encantados, que é a forma certa de falar sobre seres que vive entre os planos dos humanos e dos Deuses temos uma raça chamado de Caiporas, ou Povo do Mato.


Considerado um parente distante do Curupira, os Caiporas assim chamados pelos índios são representados um pequeno índio de pele escura, ágil e nú que vive montado em cima de animais como porco-do-mato, ou javali e que carrega uma vara como arma pra se proteger ou nas suas artimanhas.


A palavra caipora, vem do tupi caapora que significa "habitante do mato", caiporas como conhecido entre o povo popular são moradores das florestas, reina sobre todos os animais e destroi os caçadores que não cumprem o tarto de caça com eles, o corpo é todo corpo por pêlos;algumas partes do Brasil é considerado canibal, na qual eles comem quem ele vê caçando e até mesmo pequenos insetos.


A origem dela é incerta, pois data desde antes da chegada portuguesa ao Brasil. As tribos tupi-guarani, por exemplo já tratavam da entidades desde tempos onde não há registros físicos, e foram eles quem contaram aos europeus a existência do ser, suas atribuições e interpretação.


Foi chamado de Caiçara, Mãe-do-Mato, Pai-do-Mato ou Caapora, Segundo o Dicionário do Folclore Brasileiro de Câmara Cascudo, distingue-se do curupira por ter pés normais. Em geral, também não é representado peludo como o curupira, mas glabro como um índio.

Muito se confunde com o Curupira, a caipora ou o capiora pode ser tanto homem quando mulher mas o que é mais visto entre os moradores próximos de matas e lugares de aparição são de Caiporas fêmeas; guardiã das florestas, considerado como uma espécie de duende brasileiro junto com os sacis, caiporas posui também cabelo avermelhados e orelhas pontudas (quase as mesmas caracteristicas que o Curupira).


O seu papel dentro das matas, é garantir a proteção dos animais quando são caçados elas podem produzir ruídos assustadores e gritos apavorantes para assustarem os homens caçadores, além disso controlam os animais espantando-os quando sentem algo de ruim vai acontecer com eles.


Podemos dizer que Caiporas possui diferentes aspectos em diferentes regiôes do Brasil...algumas elas aparecem sendo parecidas como Curupiras tendo pés virados para trás, outros com uma perna só imitando as caracteristicas do Saci, e em outras são somentes homens peludos e com vara nas mãos, mas devemos entender que diferentes aparições dos Encantados sempre houve aparições de vários Encantados numa mesma região então fica difícil separar isso.


No Ceará, segundo Câmara Cascudo, aparece com cabeleira hirta, olhos de brasa, cavalgando um caititu e agitando um galho de japecanga Engana os caçadores que não lhe trazem fumo e cachaça e surra impiedosamente os cachorros.



No Rio Grande do Norte e Paraíba, é tido como inimigo dos cães de caça. Obriga-os a correr atrás dele, para fazer com que os caçadores o sigam, mas desaparece de repente, deixando os cães tontos e os caçadores perdidos. Anda sempre à cavalo, ou montando um veado ou um coelho.


Em Pernambuco, apresenta-se com um pé só, redondo como o do pé-de-garrafa, e traz consigo sempre um cão a que dão o nome de Papa-Mel.


Em Sergipe, quando não o satisfazem, mostra-se gaiato: brincando, faz o viajante rir até cair morto e é conhecido como "espírito cômico", ou o mata de cócegas.


Na Bahia, aparece sob a forma da caiçara, cabocla pequena, quase negra, que anda montada num porco. Também como um negro velho e como um negrinho em que "só se vê uma banda".

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Em Minas Gerais e na Bahia, ao longo do rio São Francisco, é um caboclinho encantado, habitando as selvas, com o rosto redondo e um olho no meio da testa.


Para os caipiras do Vale do Paraíba, ou piraquaras, a caipora é verde e cabeluda


Na crença popular em diferentes regiões do País, a figura do Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular, é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se intensifica. Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo.


Assim, reza o costume que, antes de sair numa noite de quinta-feira para caçar no mato, deve-se deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer: "Toma, Caipora, deixa eu ir embora". A boa sorte de um caçador é atribuída também aos presentes que ele oferece.


Assim, por sua vez, os homens encontram um meio de conseguir seduzir esse ente fantástico. Mas fracasso na empreitada é atribuído aos ardis da entidade.

Caipora tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua autorização, para isso apenas fala para que o bicho ressuscite, faz isso com uma simples ordem verbal, ou com o contato do focinho do caititu (suíno selvagem) que cavalga, ou com uma vara de ferrão, ou ainda com um galho de japecanga


Por ser muito veloz às vezes as pessoas apenas sentem Caipora como se fosse uma rajada de vento no mato.


Respeitar o que não conhecemos é o dever de todos quando se trata de Espiritos e ainda num lugar que é inexplorada energeticamente falando é perigoso ainda, Caiporas podem ser boas ou más depende da sua intenção quando se encontram com elas podem auxiliar no processo de curar de algum animal quando são cahamadas para o trabalho.


Dividem o mesmo lugar com outros seres como sacis, curupiras, mães d'águas, e outros mas sempre respeitando o espaço do outro, podem ser de grande auxilio as Bruxas se souberem trabalhar a energia delas.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caipora

Dicionário do folclore brasileiro - Luís da Câmara Cascudo


Bençãos e Maldições contigo

Felipe Cunha

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